GRUPO DE ESTUDOS NEABi PONTAL
2020
Ciclo de Estudos NEPERE/NEABi PONTAL, é uma ação realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para as relações étnico-raciais e ações afirmativas – Nepere ( Capes – Cnpq) e Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABi PONTAL). O objetivo da atividade é promover o debate sobre a Educação para as relações étnico-raciais na perspectiva de um olhar como combate ás diversas formas de exclusão e racismo estruturado em nossa sociedade, tendo como proposta ensar estudos relativos à africanidades trazendo a fundamentação teórica de pensadores Africanos e Afro-brasileiros na diáspora Dessa forma as pesquisas tem como possibilidade ancorar-se em outras filosofias de mundo, diálogos mais aprofundados e técnicos a partir da metodologia de pesquisa Ação.
Público Almejado
Docentes e discentes do Nepere, Neabi e TransNegressão.
JULHO (28/07 as 14:00)
Leitura
NECROPOLITICA: biopoder, soberania, estado de exceção, politica de morte
"Neste ensaio, propus que as formas contemporâneas que subjugam a vida ao poder da morte (necropolítica) reconfiguram profundamente as relações entre resistência, sacrifício e terror. Tentei demonstrar que a noção de biopoder é insuficiente para dar conta das formas contemporâneas de submissão da vida ao poder da morte. Além disso, propus a noção de necropolítica e de necropoder para dar conta das várias maneiras pelas quais, em nosso mundo contemporâneo, as armas de fogo são dispostas com o objetivo de provocar a destruição máxima de pessoas e criar “mundos de morte”, formas únicas e novas de existência social, nas quais vastas populações são submetidas a condições de vida que lhes conferem o estatuto de “mortos-vivos”. Sublinhei igualmente algumas das topografias recalcadas de crueldade (plantation e colônia, em particular) e sugeri que o necropoder embaralha as fronteiras entre resistência e suicídio, sacrifício e redenção, mártir e liberdade." - Achille Mbembe
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exeção, política da morte. São Paulo: n-1edições, 2018.
MEDIADORES
Professora Dra. Luciane
Ribeiro Dias Gonçalves
ICHPO/UFU
Professora Carlos A. dos Santos
Escola Estadual Antônio Souza Martins
Pensamento Descolonial: Achille Mbembe e a Necropolítica, com Suze Piza
Programa gravado em 03 de março de 2020 Acesse esse conteúdo também em formato podcast no Spotify – https://spoti.fi/2Vvcllu
AGOSTO (25/08 as 14:00)
Leitura
MULHER, RAÇA E CLASSE
Mais importante obra de Angela Davis, Mulheres, raça e classe traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe.
Um clássico, para o pensador Norberto Bobbio, é um intérprete único de seu tempo, com tamanha reserva de atualidade que cada época e cada geração têm a necessidade de relê-lo e, ao relê-lo, de reinterpretá-lo. Dessa forma, um clássico cria teorias-modelo com vistas à compreensão da realidade, de tal sorte que consegue até mesmo explicar contextos diferentes daquele em que foi gestado.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe; Tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.lo: n-1edições, 2018.
MEDIADORES
Professora Dra. Mical de Melo Marcelino
ICHPO/UFU
Professora Dra. Karina Klinke
ICHPO/UFU
O feminismo negro: entrevista com Djamila Ribeiro
A ativista e mestre em filosofia política reflete sobre as diversas dimensões da questão racial no Brasil hoje, da ideia de lugar de fala às políticas afirmativa.
Setembro (29/09 as 14:00)
Leitura
RACISMO ESTRUTURAL
O fato de parte expressiva da sociedade considerar ofensas raciais como ‘piadas’, como parte de um suposto espírito irreverente que grassa na cultura popular em virtude da democracia racial, é o tipo de argumento necessário para que o judiciário e o sistema de justiça em geral resista em reconhecer casos de racismo, e que se considerem racionalmente neutros (ALMEIDA, 2018, p.58).
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe; Tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.lo: n-1edições, 2018.
MEDIADORES
Professora Dra. Maria Aparecida Augusto Satto Vilela
ICHPO/UFU
Marivânia Xavier Cavalcanti
PPGED/UFU
Roda Viva | Silvio Almeida | 22/06/2020
No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o filósofo, jurista e professor Silvio Almeida.
OUTUBRO (27/10 as 14:00)
Leitura
AÇÕES AFIRMATIVAS
Mais importante obra de Angela Davis, Mulheres, raça e classe traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe.
Um clássico, para o pensador Norberto Bobbio, é um intérprete único de seu tempo, com tamanha reserva de atualidade que cada época e cada geração têm a necessidade de relê-lo e, ao relê-lo, de reinterpretá-lo. Dessa forma, um clássico cria teorias-modelo com vistas à compreensão da realidade, de tal sorte que consegue até mesmo explicar contextos diferentes daquele em que foi gestado.Portanto, na busca da promoção da igualdade racial não se podem propagar somente ações e imagens positivas da população branca, como historicamente fez e faz a visão de mundo eurocêntrica e hegemônica no ensino formal brasileiro em todos os seus níveis, do fundamental ao universitário. Além disso, as políticas de promoção da igualdade racial também têm como objetivo promover a igualdade de oportunidade, de tratamento, assim como promover a inclusão (por meio de acesso e permanência diferenciados) dos grupos discriminados racialmente em áreas onde eles são sub-representados em função da discriminação que sofreram e sofrem em face da sua cor, raça e etnia. Ou seja, se faz necessário também a implementação de ações afirmativas ( SANTOS, 2010, P.76)
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe; Tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.lo: n-1edições, 2018.
MEDIADORES
Professor Dr. Carlos Eduardo Moreira Araújo
ICHPO/UFU
Marcelo Vitor Rodrigues Nogueira
ICENPUFU
O feminismo negro: entrevista com Djamila Ribeiro
A ativista e mestre em filosofia política reflete sobre as diversas dimensões da questão racial no Brasil hoje, da ideia de lugar de fala às políticas afirmativa.
Novembro (17 a 20/11)
V CONGRESSO ÉTNICO-RACIAL – XII SEMINÁRIO DE EDCUAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AÇÕES AFIRMATIVAS.
Educação e Relações Étnico-Raciais: Diálogos e Saberes no novo normal
Dezembro (27/10 as 14:00)
MESA REDONDA FINAL
Muitos de nós relutaram contra o ensino remoto precavendo de algumas correntes políticas que já haviam apresentado essa proposta como algo que pudesse substituir a educação presencial e propunha uma precarização do ensino. Houve receio de que pudéssemos acentuar as diferenças e desigualdades sociais, como entendemos que está ocorrendo. Vários foram os transtornos encontrados nesse caminho, mas não houve forma de furtarmos ao ensino remoto. Ainda estamos aprendendo e nos adaptando a esse “novo real”. Contudo, não acreditamos que a escola presencial possa ser substituída. Entendemos que o ensino remoto poderá ser uma ferramenta para alargamento de tempos e espaços escolares. Assim, na perspectiva desse “novo normal” que empenhamos em continuar o processo de luta por uma Educação equânime e antirracista.
Portanto, este será um encontro singular, mas não deixando de lado a premissa de ser um campo aberto para o diálogo e corroborar para a construção dessa “nova” sociedade pós-pandêmica.